Mulher-Maravilha
Origem 1
Os quadrinhos divergem quanto à origem de Diana, mas a primeira, dos anos 40, determina que ela foi esculpida do barro pela mãe, a rainha Hipólita (já que não havia homens na ilha das amazonas), e abençoada por todos os deuses do Olimpo. E de lá vieram seus poderes: “Bela como Afrodite, sábia como Atena, forte como Hércules, e rápida como Hermes”, descreviam os primeiros gibis.
Origem 2
Nas novas origens através dos novos 52 Nos primeiros volumes das novas origens de Diana, nos deparamos com uma batalha dos deuses, Zeus tentou se esconder na ilha das Amazonas, mas foi surpreendido por Hipólita, a rainha delas. Eles lutaram um contra o outro, mas com o decorrer dos encontros, Zeus e Hipólita foram se apaixonando um pelo outro. Zeus e Hipólita tiveram uma filha: Diana Prince, a Mulher-Maravilha.As origens do barro ainda são citadas nesta história. A rainha das Amazonas, Hipólita, agora mãe de Diana Prince, conta que sua filha foi gerada e moldada através do barro. No entanto, com o passar dos anos a Mulher Maravilha descobre toda a verdade. Hipólita havia mentido para proteger a filha da fúria de Hera.
Criação
As revistas em quadrinhos surgiram na década de 30, criadas por Maxwell Gaines, fundador da editora All-American Publications. Rapidamente se tornaram uma febre, com vendas mensais ultrapassando a casa das 10 milhões de cópias. O sucesso trouxe também um forte grupo opositor, que julgava as histórias como péssimas influências para as crianças.[15] Na mesma época, em uma entrevista 25 de outubro de 1940, realizada pela ex-aluna de Marston, Olive Byrne (sob o pseudônimo de “Richard Olive”) e publicado pela Family Circle, intitulado “Não ria dos Quadrinhos”, William Moulton Marston descrevia o que viu como o potencial educacional das histórias em quadrinhos[16] (um artigo deu sequência a entrevista e foi publicado dois anos mais tarde em 1942).[17] Este artigo chamou a atenção de Max Gaines, que empregou Marston como consultor educacional da National Periodicals of American publications[15] e All-American Publications, duas das companhias que se fundiriam para dar forma a futura DC Comics.
Gaines sentia que faltava algo de novo nas histórias de super heróis que publicava na época e encarregou Moulton de criar um personagem diferente. Moulton, ainda ponderando sobre como seria o personagem, sabia que gostaria que esse novo herói abraçasse o amor e a paz no lugar da violência e guerra, algo tão comum no meio dos quadrinhos. Muito embora os ideais do novo herói estivessem claros na mente de Moulton desde o início, foi Elizabeth Marston, esposa do psicólogo, a responsável por acender a fagulha que levaria a criação da primeira super heroína e da Mulher-Maravilha como a conhecemos.[13]
“ | William Moulton Marston, um psicólogo já famoso por inventar o polígrafo (precursor mecânico do laço mágico), teve a ideia para um tipo novo de super-herói, um que triunfaria não com punhos ou poderes, mas com amor. "Bom", disse Elizabeth. "Mas faça-o uma mulher.[18]" | ” |
Moulton tinha quatro filhos e duas mulheres, ambas cultas e independentes. O trio vivia sob o mesmo teto, numa relação consensual.[19] Ele incentivava tanto o movimento sufragista quanto o feminismo, para ele as mulheres deveriam ser tão livres e independentes quanto quisessem, e deveriam ter a opção de continuar os estudos em universidades se assim o desejassem – o que era o caso de Elizabeth, que possuía três diplomas de nível superior, era mãe e trabalhadora. A situação poligâmica também envolve Olive Byrne – outra mulher a inspirá-lo na criação da guerreira amazona e sobrinha de uma importante feminista do século 20, Margaret Sanger.[13][20]
Marston introduziu a ideia á Max Gaines, cofundador (juntamente com Jack Liebowitz) do All-American Publications. Dado o sinal verde, Marston desenvolveu a Mulher Maravilha com Elizabeth (a quem Marston acredita ser um modelo de mulher não convencional ao que se havia em sua época).[15]
H. G. Peter foi escolhido a dedo para desenhar a história de uma nova heroína. Nos anos 1910, o desenhista fez parte da equipe artística da revista Judge e contribuiu para a página sufragista The Modern Woman.[21] Marston pediu que a Mulher-Maravilha fosse desenhada com base nas pin-ups que Alberto Vargas publicava na revista masculina Esquire.[19] Referências da vida de Marston são visíveis na personagem. Como Sadie, Diana era uma “amazona” – mas uma amazona da mitologia grega. Como Olive, Diana usava braceletes – mas para desviar balas. [19] Marston também possuía um estranho fascínio em descobrir os segredos das pessoas, é o inventor do polígrafo, popularmente conhecido como detector de mentiras. E sua obsessão e invenção tomam forma no “laço da verdade” usado pela heroína quando os vilões tendem a não cooperar com seu propósito.[22] Adepto de Bondage a prática aparece nas entrelinhas das histórias da heroína e sua roupa da personagem representa um símbolo da liberdade, patriotismo americano.[19]
Quando foi criada, o mundo dos quadrinhos era estritamente do domínio do homem. No início de 1940 a DC Comics era dominada pelos personagens masculinos com superpoderes tais como Lanterna Verde, Batman, e o principal deles, Superman. Motivado pelo ponto de vista masculino de seus criadores, os heróis de quadrinhos relegaram às mulheres o papel de apoio de mãe, esposa e amiga.[16] Em uma reportagem da revista "New Yorker", Marston coloca desta forma: “Francamente, a Mulher Maravilha é a propaganda psicológica para o novo tipo de mulher que deve, creio eu, governar o mundo“. [23] A personagem era um tipo de cavalo de Troia: infiltrava-se nos lares norte-americanos em histórias menos violentas para ensinar às crianças que “o ideal de superioridade masculina e o preconceito contra as mulheres”, nas palavras de Marston, eram prejudiciais.[19] A personagem não tem permissão para matar ninguém, nem estava autorizada a usar a violência, exceto em autodefesa ou em defesa de outros. O amor era – e ainda é – a chave para a força da mulher. Quando a Mulher Maravilha vence o inimigo, ela também torna possível que o vilão veja o erro o dele (ou dela) além de fornecer reabilitação, utilizando seu laço mágico e fazendo com que o delinquente ou os malfeitores possam reconhecer seus erros.[16]
Maxwell Charles Gaines (da editora) e William Moulton Marston (criador da personagem) não tinham certeza de como uma heroína feminina seria recebido. No começo, ele escreveu os quadrinhos sob o pseudônimo de Charles Moulton.[24] Na edição de número 8 da All Star Comics de 1941 surge a super-heroína, a Mulher Maravilha. Sua primeira história completa foi lançada em 1942, na Sensation Comics. Poucos meses depois, a personagem ganha sua revista própria no verão de 1942,[16] e o escritório de Nova York de All-American Publications enviou um comunicado de imprensa aos jornais, revistas e estações de rádio em todo os Estados Unidos. A identidade do criador da Mulher Maravilha foi "a princípio mantida em segredo," foi revelada em um anúncio chocante: o "o autor de 'Mulher Maravilha' é o Dr. William Moulton Marston, internacionalmente famoso psicólogo.[25]
História fictícia[editar | editar código-fonte]
A Ilha Paraíso era habitada pelas antigas amazonas da mitologia, e não havia homens na ilha. Supostamente a Mulher-Maravilha veio ao mundo na Ilha Paraíso como uma estátua de menina criada por Hipólita (rainha das amazonas). Tão apaixonada por sua escultura, a rainha pediu aos deuses que dessem vida a figura, e foi atendida (semelhante ao mito grego de Pigmaleão). Mas em publicações recentes foi revelado que na verdade ela é filha biológica de Hipólita com Zeus, deus do Céu.
Recebeu o nome de Diana. Junto com a vida, ela foi presenteada pela maioria dos Deuses do Olímpo, como Atena, que lhe deu a sabedoria; Hermes, lhe deu a velocidade; de Deméter ganhou a força e poder; de Afrodite, enorme beleza e coração amoroso; dos gêmeos Ártemis e Apolo, ganhou os olhos de caçadora, a compreensão das feras e a capacidade de cura acelerada; de Héstia, recebeu a afinidade com o fogo para que os corações se abrissem para ela; de Hefesto, ganhou a imunidade ao fogo, seus braceletes e seu laço mágico; do seu tio Poseidon, ganhou a destreza no nado e de seu pai Zeus,(apesar de que haja discordância sobre que seja realmente seu pai) ela recebeu a herança de semi-deusa e a capacidade de voo.
Quando Diana estava adulta, Steve Trevor, piloto da Força Aérea americana colidiu com seu avião na Ilha Paraíso. A Rainha Hipólita decretou que a amazona que vencesse diversas provas entre elas teria a incumbência de levar Steve de volta aos Estados Unidos, e se tornaria uma campeã em nome das amazonas em território americano. Proibida de participar por sua mãe, Diana se disfarçou e ganhou o contesto, que incluía lutas armadas sobre kangoos (espécies de canguru nativos da Ilha Paraíso), competição de corrida, e aparar balas com seus braceletes.
A Mulher-Maravilha adotou a identidade secreta de Diana Prince, uma enfermeira da Força Aérea americana. Era apaixonada por Steve Trevor. Nesta versão ela não voava realmente (planava em correntes de ar) e usava um rádio de ondas telepáticas. Na história publicada em Sensation Comics #1, janeiro de 1942, havia uma enfermeira de nome Diana Prince, a qual a Mulher-Maravilha ajudou. Esta Diana aceitou deixar que a super-heroína, que desejava ficar do lado do paciente Steve Trevor, assumisse sua identidade enquanto ela partiu para junto de um soldado namorado seu, que estava na América do Sul. Uma das personagens coadjuvantes de maior sucesso era a gordinha Etta Candy, uma das fãs da Mulher-Maravilha denominadas "Garotas Hollyday" (conforme tradução para o português na revista brasileira "Coleção DC 70 anos #3", da Editora Panini, julho de 2008).
Como oponentes, a Mulher-Maravilha tinha diversos vilões clássicos da Era de Ouro dos Quadrinhos: Maligna (originária de Saturno), Giganta, Mulher-Leopardo, Rainha Clea (da Atlântida), Doutora Veneno, a sacerdotisa Zara), algumas reformuladas na Era de Prata e que continuam aparecendo nas histórias modernas.
Sem poderes[editar | editar código-fonte]
Em 1968, no número em “Wonder Woman Vol.1069 Denny O’Neil e Mike Sekowsky traziam a “Nova Mulher-Maravilha”. As amazonas alcançaram seu 10.000º ano na Terra, e com isso tinham que se deportar para outra dimensão, a fim de renovar seus poderes. A Mulher-Maravilha recusou-se a acompanhá-las, pois Steve Trevor, seu amado, havia sido culpado de alta traição pelos Estados Unidos, e ela queria encontrá-lo e ajudar a limpar seu nome. Como resultado, Diana perdeu seus poderes e pediu afastamento da Liga da Justiça.
Diana abandonou as roupas tradicionais e os óculos, e passou a adotar um novo visual, para chamar a atenção de Steve e fazer com que ele esquecesse a Mulher-Maravilha e passou a usar o nome Diana Prince. Desta forma, Diana ficava mais parecida com a personagem Emma Peel interpretada por Diana Rigg do seriado Os Vingadores. Ela, neste estado, estrelou uma série cujo título em português era As Aventuras de Diana (publicada na revista brasileira Quem Foi? da EBAL. A ideia dos criadores era transformar a Mulher-Maravilha em uma mulher independente, sintonizada ao mundo contemporâneo.
Pouco depois Steve Trevor é assassinado e Diana conhece o instrutor de artes marciais cego chamado I Ching, um velho mestre japonês que a instrui e inicia nas artes marciais e ao lado de quem vive muitas aventuras. Ela rapidamente tornou-se plenamente capaz de se defender sem a ajuda de laços ou braceletes mágicos. Ching é assassinado e as Amazonas, arrependidas por deixar a humanidade abandonada à sua própria sorte, resolvem voltar à nossa dimensão.
A ausência de poderes durou até 1972, quando Gloria Steinem, a editora real da revista feminista Ms. Magazine (já citada), ofendida pelo fato da maior super-heroína estar sem poderes, a pôs na capa da revista Ms. Magazine #1 com seu traje original. Isto gerou polêmica, e a DC rapidamente, em fevereiro de 1972, restaurou a Mulher-Maravilha com seu traje e poderes clássicos.. No Brasil o retorno da Mulher Maravilha só começou a ser publicado a partir de Julho de 1983 pela extinta EBAL (Editora Brasil-América Ltda.).
"Morte"[editar | editar código-fonte]
No final de Crise nas Infinitas Terras, a Mulher-Maravilha recebeu uma rajada do Antimonitor, que involuiu seu corpo de modo que retornou no tempo, voltando a ser barro da Ilha Paraíso. Um último tributo a Mulher-Maravilha Pré-Crise foi vista em Legend of Wonder Woman, minissérie escrita por Kurt Busiek, 1986. Nesta saga, as amazonas se reúnem perante Hipólita, que conta uma aventura de Diana que houve antes de sua "morte". Ao final, a deusa Afrodite aparece, e diz que estava usando seu poder para manter esta versão pré-crise da Ilha Paraíso e suas habitantes a parte das mudanças causadas pela Crise nas Infinitas Terras; Hipólita diz que não deseja isso. Afrodite então atende seu pedido, eliminando os escudos místicos sobre a ilha. A ilha e as amazonas pré-crise começam a se dissolver, como se nunca tivessem existido. Como um último suplício, Afrodite as transforma em estrelas. Todas as memórias e existência desta versão da Ilha-Paraíso, assim como a Mulher-Maravilha do Pré-Crise, deixam de existir
Fases[editar | editar código-fonte]
Era de ouro[editar | editar código-fonte]
A Mulher Maravilha dessa era é Diana, a filha de Hipólita, uma rainha amazona que molda no barro a figura de um bebê a quem a deusa Afrodite insuflam vida. As amazonas vivem em Themyscira, uma ilha escondida do mundo pelos deuses do Olimpo. As amazonas vivem uma vida pacífica, sem muitos conflitos ou guerras, mesmo assim elas treinam todos os dias, para estarem preparadas para o dia em que homens invadam a ilha. Logo na primeira HQ da Mulher-Maravilha, Steve Trevor, um piloto do exército americano acaba chegando a ilha depois de seu avião ser abatido por um caça nazista. As amazonas cuidam de seus ferimentos e decidem ajudá-lo a retornar para sua casa. Hippolyta decide que aquela que se provar a mais brava das amazonas ficará incumbida da tarefa de levar o soldado de volta. Diana acaba se apaixonando pelo piloto e é proibida pela mãe de participar da disputa. Disfarçada com um capacete, Diana se torna a campeã da disputa e a rainha, mesmo relutante, aceita sua vitória e a deixa ir. Diana recebe as roupas da civilização que visitará. Além das roupas, Diana recebe também o laço da verdade, braceletes indestrutíveis e uma tiara que pode ser usada como bumerangue. Quando se muda para o mundo dos homens, começa a trabalhar como enfermeira da força aérea americana e adota o nome de Diana Prince. As primeiras histórias da Mulher-Maravilha são quase sempre focadas na Segunda Guerra Mundial e ao contrário do Superman ou Batman, Diana realmente luta na guerra. se tornando uma campeã e grande heroína de guerra. Enquanto a Mulher-Maravilha batalha contra os alemães ou japoneses, a sua identidade secreta se preocupa com seu marido.As histórias de Diana serviam de inspiração para meninas e mulheres, numa época em que só os homens lutavam na guerra. Ela virou uma espécie de ídolo, um modelo a ser seguido pelas mulheres da época Com a morte de seu criador em 1947, Mulher Maravilha perdeu seu principal e praticamente exclusivo roteirista . As histórias que Charles Moulton deixou prontas antes de falecer continuaram a ser editadas normalmente, é claro, mas com o fim do legado de Moulton, a heroína ganhou um novo roteirista: Robert Ganigher.
Origem das Amazonas[editar | editar código-fonte]
A mitologia da Mulher-Maravilha de Charles Moulton foi apresentada na história "Introducing Wonder Woman" da revista All Star Comics #8 de 1941, e aprofundada em "The Origin of Wonder Woman" do primeiro volume de "Wonder Woman" de 1942.
Na Era Dourada, nos tempos da Grécia Antiga, o planeta Terra é governado por Deuses Rivais - Ares, Deus da Guerra, e Afrodite, Deusa do Amor e da Beleza. Ares queria que seus homens governe-se com a espada, enquanto Afrodite queria que as mulheres conquiste os homens com amor. Os Guerreiros de Ares (chamado de Marte pelos Romanos) matavam seus irmãos mais fracos e os saqueavam. As mulheres eram vendidas como escravas, valiam menos que gado. Inconformada com a situação, Afrodite molda com suas próprias mãos uma raça de mulheres mais fortes que os homens, chamadas de Amazonas. Estas estatuas receberam o soprou a vida e o poder do amor. Para líder, a Rainha das Amazonas, Afrodite cedeu seu próprio cinturão mágico para serem insuperáveis. As amazonas erguem uma cidade chamada de Amazônia e derrotam todos os exércitos que as atacavam. Furioso com a "trapaça" de Afrodite, Ares persuadiu Herácles, o homem mais forte do mundo, a travar guerra contra as amazonas. Liderando um poderoso exército, Herácles desafia a bela Rainha para um combate corpo a corpo. Em batalha a clava de Herácles quebra a espada de Hipólita, mas as Amazonas continua forte graças ao cinturão e vencem a guerra. Com a derrota, Herácles decide montar um emboscada, seduzir as Amazonas para roubar o cinturão, oferece um baquete em um pacto de amizade eterna.
A rainha caiu na emboscada e fica sem o cinturão. Herácles ordena a captura das mulheres que lutaram ferozmente, porém são derrotadas. O exercito aprisiona as guerreiras, saqueiam Amazônia e temendo a força das guerreiras colocam-as em correntes. Com um total desespero das amazonas, a rainha ora para sua criadora pedindo por ajuda. Atendendo o lamento da líder das amazonas, a Deusa permite que suas crias quebrem as correntes, mas solicitando que usem os braceletes confeccionado pelos captadores, para lembrança da tolice da sublimação ao domínio dos homens. Livres, elas dominam seus captores, recuperam o cinturão e vencem novamente a batalha. A imortal deusa do amor que elas cultuavam ardentemente, guia as amazonas a abandonar o mundo dos homens para fundar a própria civilização, elas navegam até mares distantes durante dias e noites até o paraíso de paz e proteção que lhes foi prometido. Na ilha paraíso elas encontram solo fértil, vegetação, variados recursos naturais e construíram uma cidade na qual homem algum poderia entrar. Enquanto a rainha possuir o cinturão mágico, elas são agraciadas pelo dom da vida eterna, desde que não permitirem serem iludidas por homens, e serão de fato a raça de Mulheres-Maravilhas. Na ilha, além do cinturão mágico, possuem a "Fonte da Juventude Eterna" onde oferece beleza e felicidade enquanto permanecem na ilha paraíso; e a Esfera Mágica dada por Atenas, a deusa da Sabedoria, através dela as amazonas possuem conhecimentos do mundo dos homens, permitindo a criação de armas e aeronaves avançadas.
Origem da Mulher-Maravilha[editar | editar código-fonte]
Hipolita guiada por Atena, deusa da sabedoria, aprende o segredo das artes da modelagem da forma humana. Assim como veneração de Pigmaleão por Galatéia, Hipolita venera uma estatua em forma de uma jovem criança, criada por ela. Atendendo o pedido, a deusa do amor concede o dom da vida e a criança-maravilha pular para os braços de sua mãe, a rainha. Afrodite nomeia de Diana, assim como a Deusa da Lua, a senhora da caçada. Aos três anos de idade, Diana já demonstravam possuir grande força, arrancando arvores como se fosse mato; Aos cinco, demonstrava ser veloz, assim como a deusa da caça que lhe dá nome, disputa corridas com cervos floresta adentro. Aos 15, recebe seus braceletes de submissão no altar de Afrodite, prometendo comprometer-se a servir eternamente a deusa do amor e da beleza.
Era de prata
Nesse período muitos personagens foram radicalmente modificados, suas origens recontadas de forma diferente e até mesmo seus uniformes redesenhados e modificados. A Mulher Maravilha dos primeiros anos desse período era basicamente idêntica a antiga versão, sua origem foi recontada, mas de forma praticamente igual. Robert Kanigher reescreveu a personagem que tornou-se mais leve, mais romântico ou menos envolvida com o combate ao crime. Outros deuses além de Hipólita e Afrodite ajudaram a dar vida à Diana e as amazonas seriam as viúvas dos gregos que morreram durante as guerras, descartando a maior parte da mitologia. As histórias da Mulher-Maravilha viraram uma novela com contexto de super-heroína, incapaz de derrotar seus inimigos sozinha, precisando sempre de homens para ajudá-la. Kanigher fica doente e é substituído por Jack Miller como o editor de Mulher Maravilha, que aproveitou o estreante Dennis O'Neil para renovar a personagem. Em 1968, o escritor O’Neil passou a escrever as HQs e fez com que Diana abrisse mão de seus poderes e da sua vida na ilha para ficar de vez no mundo dos homens. Sua ilha fora destruída e suas companheiras amazonas foram para outra dimensão. Diana fica para trás para ajudar Steve Trevor, que tinha sido condenado injustamente por um crime que não cometeu. Ele é solto, mas morre pouco tempo depois. Sem poderes e sem casa, totalmente perdida, Diana abre uma loja de roupas e começa a treinar artes-marciais para voltar a combater o crime. Depois da morte de Steve, Diana fica mais frágil e suas emoções bem mais humanas. Ela completa a transformação e deixa seus traços de deusa de lado, se tornando uma heroína mais moderna e com mais conflitos. A intenção dos autores ela fazer dela uma espiã, uma policial, tirando de vez o tom de mitologia e fantasia de suas histórias.
Pós-crise
A primeira aparição de Mulher-Maravilha, na cronologia DC pós-Crise, é Wonder Woman vol. 2, #1 (Fev. 1987). Como super-heroína atuando com os outros heróis, ela apareceu na minissérie Lendas.
De acordo com a última redefinição da cronologia da Mulher-Maravilha feita por George Perez após a Crise nas Infinitas Terras, Hipólita e o restante das amazonas seriam a reencarnação de mulheres que ao longo da história morreram como resultado do ódio e da incompreensão dos homens. No caso, Hipólita foi a primeira mulher morta por um homem; a Princesa Diana (A Mulher-Maravilha) era a encarnação da filha não nascida desta mulher. Antes de serem exiladas na Ilha Paraíso, as Amazonas viveram na Grécia, de onde foram banidas após um conflito com Herácles (Hércules) e seus exércitos. Mulher-Maravilha só teria vindo ao mundo dos homens após Crise, o que também causou dela não ter participado da fundação da Liga da Justiça. Atualmente ela também não possui identidade secreta. A Mulher-Maravilha ganhou de Gaia, a Deusa Terra, o poder da telepatia e também o poder dos braceletes, que ao serem tocados soltam rajadas cósmicas capazes de ferir super-seres, além, é claro, de nenhum telepata conseguir invadir sua mente, graças à tiara. Etta Candy se casaria com o já idoso Steve Trevor, reintroduzido nas aventuras atuais.
Era moderna
Na Era Moderna na Crise nas Infinitas Terras foi usado como uma chance de reiniciar inúmeros personagens e recontar suas histórias ao mesmo tempo. Mulher-Maravilha estava entre os mais afetados por essa mudança. Estava sob a direção de George Perez e Greg Potter recontando a história do torneio em 1987 e revelando que Afrodite criou as Amazonas com as almas de mulheres mortas pelas mãos de homens agressores, onde a Rainha Hipólita foi a primeira vitima. Também onde os Deuses que decidiriam qual a Amazona seria emissária ao mundo dos homens. Novamente, Diana desafiou sua mãe e venceu facilmente, assim cumprindo seu destino.
Os Novos 52
Em 2011, a DC Comics anunciou a reformulação de 52 de seus maiores personagens,[26] inclusive da Mulher Maravilha. Nessa versão Diana de Temiscira, descobre que não foi criada a partir do barro (como na origem escrita por George Perez) e sim que é filha de Hipólita, a Rainha das amazonas (raça de guerreiras – todas mulheres – que vivem isoladas em uma ilha apelidada de “Paraíso”) e do deus dos deuses no panteão grego, Zeus, a fazendo, assim, além de Amazona uma Semi-Deusa. Com isso suas histórias escritas por Brian Azzarello a Mulher Maravilha aparece ainda mais aprofundada na mitologia grega, tendo uma maior interação com seus meio-irmãos, como Apolo, Hermes, Artemis e entre outros. Outra mudança relevante na vida da heroína está em seu relacionamento amoroso com o Superman, algo há tempos desejado pelos fãs dos dois personagens.
Renascimento (Rebirth)
Em 2016, a DC Comics decidiu relançar toda sua linha novamente, o que incluía a Mulher-Maravilha. Nessa nova fase, suas histórias voltaram a ser escritas pelo Greg Rucka, e o seu ex-namorado, o Superman dos Novos 52, acaba morrendo, o que faz com que a personagem volte a se relacionar com Steve Trevor. A fase está sendo extremamente bem recebida pela crítica e pelos fãs, sendo considerada muitas vezes o melhor quadrinho desse novo relançamento da DC Comics. Porém, o fim do relacionamento da personagem com o Superman fez com que alguns fãs ficassem insatisfeitos com essa nova fase da personagem.
Nem todo mundo sabe, mas em sua encarnação da iniciativa Renascimento DC, a Mulher-Maravilha descobriu que tem um irmão gêmeo. Apesar de sua origem ter sido recontada inúmeras vezes, dessa vez, Diana é filha de Zeus e da rainha das amazonas, Hipólita, conforme estabelecido ainda na continuidade de Os Novos 52. Na nova fase das histórias da Mulher-Maravilha, entretanto, o novo arco gira em volta da descoberta da identidade do tal irmão gêmeo de Diana. E a identidade da fraternidade da Mulher-Maravilha é um tanto polêmica. Vamos falar sobre essa relação a seguir.
A Mulher-Maravilha descobriu que tinha um irmão gêmeo em Justice League #50, a edição que dava os últimos passos dos Novos 52 e o pontapé inicial para o renascimento. Nesta edição, a Liga da Justiça dá cabo de Darkseid. Mais tarde é revelado que o regente de Apokolips foi revertido à forma de bebê e está aos cuidados de sua filha, Cálice. Entretanto,os dois engendram planos para reverter Darkseid à sua antiga forma.
Na nova fase da Mulher-Maravilha, após a saída de Greg Rucka do título, a equipe criativa formada por James Robinson, Carlo Pagulayan e Emanuela Lupacchino assume. E é no título Wonder Woman #31, que descobrimos a fatídica identidade do irmão perdido de Diana. Apesar de ele se denominar Paul Jackson, um lenhador, ele não é nada mais nada menos que Hércules. E não qualquer Hércules, ele se autodenomina Hércules Libertado.
Por que Hércules Libertado? Esse nome tem profundas raízes na história e na mitologia dos heróis da DC Comics. Hércules Libertado foi criado em 1975 por Gerry Conway e José Luis García-Lopez. A série se passa em um futuro pós-apocalíptico em que uma fictícia Terceira Guerra Mundial devastou o mundo. Esse Hércules, diferente dos demais, não usa barba. A série envolvia muitos elementos futuristas da DC Comics como os Cavaleiros Atômicos e as animais sapientes da série do Kamandi de Jack Kirby. A série durou 12 edições e teve colaborações também de Walter Simonson e Wally Wood. O mundo distópico foi apagado da continuidade durante a Crise nas Infinitas Terras. No Brasil, Hércules Libertado (Minha Revistinha) foi publicado pela EBAL, de abril de 1977 a fevereiro de 1978. Confira uma galeria de capas abaixo:
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