Conan
Conan O Bárbaro | |
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Conan por Joe Jusko | |
Nome original | Conan da Cimeria |
Origem | Ciméria |
Sexo | Masculino |
Espécie | Humano |
Criado por | Robert E. Howard |
Primeira aparição | The Phoenix on the Sword |
Interpretado por | Arnold Schwarzenegger (adaptação de 1982/1984) |
Espécie | Humano |
Conan da Ciméria é um personagem da literatura de fantasia heróica — ou "espada e feitiçaria" (sword and sorcery). Criado pelo escritor norte-americano Robert E. Howard em 1932, fez sua primeira aparição na revista pulp Weird Tales no conto chamado "The Phoenix on the Sword" (em português, A Fênix na Espada). Howard escreveu mais dezenove histórias e um romance protagonizados pelo personagem (três dos contos só publicados após sua morte), sendo que outros escritores de renome também criaram histórias de Conan ou reescreveram contos, a partir de sinopses e fragmentos originais após 1936, ano em que Howard se suicidou. Dentre esses recuperadores e continuadores da obra de Howard se destacam L. Sprague de Camp e Lin Carter.
As histórias de Howard sobre Conan—e também sobre Kull, o rei da Valúsia, uma criação anterior a Conan—ajudaram a definir o formato da fantasia heróica como subgênero da fantasia: A ênfase em um herói que é um poderoso guerreiro, hábil espadachim, de disposição violenta e contrária às hipocrisias e fraquezas da civilização, e que sempre se defrontava com ameaças sobrenaturais sobre as quais sempre prevalecia, fossem elas magos, demônios ou outras criaturas de eras perdidas no tempo.
Descrição
Nascido em um campo de batalhas e filho de um ferreiro de aldeia, aos quinze anos ele participa do bem-sucedido cerco à fortificação aquiloniana de Venarium, a qual foi construída em território da Ciméria. Logo após, entre os quinze ou dezesseis anos, deixa voluntariamente sua tribo e começa a vagar pelo mundo, tendo lutado ao lado dos loiros aesires (de Aesgaard, região que geograficamente corresponderia hoje à Escandinávia), sendo, posteriormente, escravizado pelos hiperbóreos. Escapando, atuou como saqueador, mercenário e pirata, sendo esta fase uma de suas mais marcantes devido a seu grande amor, a morena Bêlit, mais conhecida como a Rainha da costa Negra, uma pirata shemita que comandava corsários negros e que veio a falecer nas mãos do último sobrevivente de uma raça milenar. Durante sua vida enfrentou guerreiros, feiticeiros, monstros, vampiros, demônios, lobisomens e até mesmo criaturas dimensionais. Após inúmeras aventuras, aos quarenta anos, Conan, após uma guerra civil, estrangula o cruel tirano Numedides em seu trono, conseguindo se tornar rei da Aquilônia, que, junto com a culta Nemédia, constituíram as mais altivas e poderosas nações hiborianas. Após algumas tentativas de deposição, ele teria se casado com a cortesã Zenóbia e tido filhos com a mesma. Depois de cerca de trinta anos no poder, com cerca de sessenta e oito anos, Conan teria deixado o reino para seu filho mais velho, Conn, e partido para o enigmático Oeste, onde, após uma contenda nas misteriosas Ilhas de Antillia, remanescentes da desaparecida Atlântida, teria rumado com velhos companheiros de seus tempos de pirata ao obscuro continente de Mayapan, sendo que até aqui constam suas crônicas. É digno de menção que Robert E. Howard, em carta para o fã P. Schuyler Miller, menciona a visita de Conan ao continente localizado no extremo oeste do mundo[1], o que pode ter inspirado Sprague DeCamp a escrever o romance Conan das Ilhas que narra justamente esta viagem.
Cronologia
No intento de criar uma linha temporal coerente nas histórias de Conan, vários autores têm publicado numerosos livros desde os anos 1930. Em 1936, A Probable Outline of Conan's Career foi o primeiro esforço por ordenar suas aventuras por parte de P. Schuyler Miller e John D. Clark. Howard manteve correspondência com Miller antes de sua morte sobre alguns projetos, e dois anos mais tarde se publicou em The Hyborian Age. A referida cronologia foi revisada posteriormente por Clark e L. Sprague de Camp em An Informal Biography of Conan the Cimmerian (1952). A Conan Chronology by Robert Jordan (1987) foi outra nova cronologia escrita por Robert Jordan e inclui todo o material até esta data. Outros aficcionados como William Galen Gray, Joe Marek, Dale Rippke, Javier Martín Lalanda, Jim Neal, Manuel Barrero, Fernando Neeser de Aragão ou Francisco Calderón também têm realizado estudos sobre a cronologia do cimério.
Países
Ciméria
Conan é natural da Ciméria, um reino do norte, considerado místico e bárbaro pelos mais civilizados reinos do Sul e que, geograficamente, corresponderia aproximadamente às Ilhas Britânicas. Os cimérios[3] eram, supostamente, descendentes decaídos dos antigos atlantes e eram conhecidos por sua belicosidade, habilidade em escalar obstáculos e ódio aos hiperbóreos, aos atarracados pictos e aos ruivos vanires, três outros povos com os quais disputavam fronteiras.
Nemédia
Nemédia é um reino imaginário criado por Robert E. Howard como parte dos países da Era Hiboriana, protagonizada por Conan, o Bárbaro. Sua capital seria a próspera Belverus. A Nemédia corresponderia à atual Alemanha e se tornou um grande centro de cultura e conhecimento daquele período fictício. De lá vieram as chamadas Crônicas da Nemédia, que, entre outras coisas narravam a vida de grandes personalidades deste período imaginário da história, como o cimério Conan.
Sua grande rival era a vizinha Aquilônia, sendo que a Nemédia jamais foi conquistada e resistiu ainda por muito tempo após a destruição daquele Império pelos pictos. Após as glaciações, não se ouve mais falar da Nemédia, cuja população fugiu ante as hordas de cimérios, vanires e aesires que se deslocavam em função do avanço das geleiras rumo ao ao sul e leste, deixando as cidades nemédias totalmente arruinadas e desertas.
Supõe-se que o nome do país hiboriano teria sido inspirado no reino africano da Numídia, que tanto proveu mercenários a Cartago durante o período das Guerras Púnicas.
Principais inimigos
- Toth-Amon (Rath-Amon no desenho animado)
- Thulsa Doom
- Capitão Bor Aqh Sharaq
- Príncipe Yezdigerd
- Olgerd Vladislav
- Kulan Gath
Histórias de Conan escritas por Howard
Quando aparecer o título em língua portuguesa é este a tradução adotada pela publicação da Editora Conrad, apenas no caso do conto "O Povo do Círculo Negro" é que se recorreu a outra editora, haja vista que foi a única que o traduziu[6].
Histórias de Conan publicadas na Weird Tales
- A Fênix na Espada (The Phoenix on the Sword, Dezembro de 1932)
- A Cidadela Escarlate (The Scarlet Citadel, Janeiro de 1933)
- A Torre do Elefante (The Tower of the Elephant, Março de 1933)
- A Libertação de Thugra Khotan (Black Colossus, Junho de 1933)
- A Sombra no Palácio da Morte (The Slithering Shadow, Setembro de 1933)
- O Poço Macabro (The Pool of the Black One, Outubro de 1933)
- Vingança (Rogues in the House, Janeiro de 1934)
- Sombras de Ferro sobre a Lua (Iron Shadows in the Moon, Abril de 1934)
- A Rainha da Costa Negra (Queen of the Black Coast, Maio de 1934)
- As Muitas Faces da Morte (The Devil in Iron, Agosto de 1934)
- Os Profetas do Círculo Negro (The People of the Black Circle, Setembro de 1934)
- A Maldição da Lua Crescente (A Witch Shall Be Born, Dezembro de 1934)
- As Jóias de Gwahlur (Jewels of Gwahlur, Março de 1935)
- A Fronteira do Fim do Mundo(Beyond the Black River, Maio de 1935)
- As Negras Noites de Zamboula (Shadows in Zamboula, Novembro de 1935)
- A Hora do Dragão (The Hour of the Dragon, Dezembro de 1935)
- A Cidadela dos Condenados (Red Nails, Julho de 1936)
Histórias de Conan publicadas na revista Fantasy Fan[
- A Filha do Gigante do Gelo (Gods of North, Março de 1934) - renomeada para The Frost Giant's Daughter e republicada em The Coming of Conan em 1953, sendo este o seu título mais famoso
Outras histórias de Conan publicadas após a morte do autor
- O Deus na Urna (The God in the Bowl, em Space Science Fiction, Setembro de 1952)
- Sem tradução ("The Black Stranger", em Fantasy Magazine, Fevereiro de 1953)
- O Vale das Mulheres Perdidas (The Vale of Lost Women, em The Magazine of Horror, Primavera - hemisfério norte - de 1967)
Histórias inacabadas de Conan
- Sem tradução (Drums of Tombalku, fragmento publicado em Conan the Adventurer, 1966)
- Sem tradução (The Hall of the Dead, sinopse publicada em The Magazine of Fantasy and Science Fiction, Fevereiro de 1967)
- Sem tradução (The Hand of Nergal, fragmento publicado em Conan, 1967)
- Sem tradução (The Snout in the Dark, fragmento publicado em Conan of Cimmeria, 1969)
- Há também várias sinopses de histórias de Conan sem título.
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